Os Postos de Continência
- autorsecreto
- 20 de abr.
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Mas, somente disparar os canhões não era mostra de ficar sem aptidão para combater. O navio, além disso, deveria "ferrar o pano" (colher as velas), perdendo velocidade e ficando momentaneamente impossibilitado de manobrar e combater, com todos os cabos de laborar pelo convés e a guarnição ocupada nas fainas. Assim, essa mostra de respeito mantinha o navio privado de combater. Foi desse antigo costume, que vieram até nossos dias certas formas de cumprimento em embarcações como "remos ao alto, folgar as escotas ou parar a máquina".
Nos grandes navios, no entanto, podia ser demonstrada, ao navio avistado, a intenção pacífica, fazendo subir toda a guarnição aos mastros e vergas. Assim estava o navio impossibilitado de utilizar seus homens para o combate, transitoriamente. Desta forma, dispor a guarnição pelas vergas dos navios-escola a vela, veio até nossos dias, com a denominação de "postos de continência".
Em todos os navios da Marinha, os postos de continência são atendidos com toda a guarnição distribuída pela borda do navio, no bordo por onde vai passar a autoridade a saudar, numa demonstração de respeito.
Fonte: LYRA, Márcio de Faria Neves Pereira de. Tradições do Mar: usos, costumes e linguagem. 7.ed., rev. e aum.- Brasília : Serviço de Relações Públicas da Marinha, 1999; e https://www.marinha.mil.br/tradicoes-navais/cerimonial-de-bordo.









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